Abril 30 2010

Poderemos entender-nos com lucidez, objectividade cada um compreendendo o seu lugar no diálogo?

Entender-nos percebendo que só através de uma compreensão aprofundada de todos os dados, contribuiremos para melhorar as relações entre os diversos actores interessados numa educação inclusiva e que respeite a vocação de cada educando?

Poderemos inventariar soluções, não esquecendo a finalidade máxima da educação inscrita na Declaração Universal dos Direitos Humanos: a educação é um direito básico de qualquer ser humano, independentemente da sua origem, cor, classe social, religião, cultura, etc?

 

Leiam ainda o texto Os Entendimentos, de Zé Morgado, uma excelente contribuição para este debate.

 

Uma sugestão da Lurdes Monteiro.

 

 

publicado por apvnpoiares às 11:50

Abril 29 2010

“Podemos e devemos, no estado actual das coisas, interrogarmo-nos sobre o sentido profundo de que se reveste a educação no mundo contemporâneo, suas responsabilidades para com as gerações actuais, que tem de preparar para o mundo de amanhã, sobre os seus poderes e mitos, suas perspectivas e finalidades.” Faure, Edgar (1977). Aprender a Ser. Lisboa: Bertrand, p.69.

publicado por apvnpoiares às 19:51

Abril 23 2010

«A educação é o meio por excelência de elevar o indivíduo à sua condição de pessoa humana, pois não há possibilidade de se desenvolverem personalidades humanas em isolamento. É a educação que vai permitir ao indivíduo abrir os seus horizontes e se sentir plenamente membro da comunidade humana mais ampla e não meramente um morador de uma vila mais ou menos isolada.»

 

Martins, Engrácia (1996). Educação e Doutrinamento - O pensamento educacional de Sebastião da Gama. Tese de Mestrado em Educação. Área de Especialização Filosofia da Educação. Braga: Universidade do Minho.

 

Fonte

publicado por apvnpoiares às 11:22
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Abril 22 2010

Um excelente texto de Geraldo Barroso que problematiza o conceito "crise da/na escola". Ao que parece a crise da/na escola não é um fenómeno assim tão recente. Segundo o autor a actual crise da/na escola nada mais é afinal do que uma crise social, política e económica, factores que em conjunto contribuem drasticamente para os paradoxos em que as sociedades ocidentais (e não só) estão mergulhadas. A questão é: estaremos (todos nós) empenhados em encontrar uma saída?

 

"Enfim, a crise da escola pública — tanto em Portugal como no Brasil, bem como na maior parte do mundo capitalista ocidental — tem um caráter estrutural e está ligada a duas transformações simultâneas e sincrônicas: a massificação da instituição escolar — resultado de todo um conjunto de expectativas (reais ou ilusórias) quanto aos poderes transformadores da educação escolar — que se dá a par de transformações econômicas, políticas e culturais que podem ser sintetizadas sob a denominação genérica de 'globalização'. Essas últimas transformações acabam por abalar ainda mais uma instituição social que já vivia uma crise de sentido produto dos impasses que a sua massificação provocava. Assim, a crise de sentido que atinge os SPE não se origina ou é produzida unicamente no interior da instituição escolar e não pode ser destacada da crise do modelo civilizatório moderno que amparou a sua universalização. (...)

Este texto não pretende purgar as culpas pelo fato das utopias da modernidade não terem dado certo. Nem pretende (ah!, se ele pudesse, que poder teria!) prescrever as saídas. Mas não tem medo de enfrentar "a derrocada das velhas certezas em torno da educação" (Enguita, 2004). Sem fender, a princípio, nem as teses da desescolarização da sociedade nem a sacralização da instituição escolar. Sem dogmas. E afirma que as formas de se pensar a escola — nos marcos ou nos limites do contexto histórico no qual ela se afirmou como instituição social estruturante das sociedades modernas, com e a partir da construção dos Estados-Nação — estão sendo tragadas pela crise das sociedades paridas pela modernidade. Por fim, pensamos que, vista sob a ótica crítica dos estudos históricos, as coisas não parecem ser tão difíceis assim, pois, afinal, a escola é uma instituição bastante antiga e não foi sempre tal como a conhecemos hoje. Sendo assim, não há porque duvidar que ela possa sobreviver assumindo outras formas e outras finalidades, de acordo com outros projetos sociais. Mais difícil, como sempre, é imaginar a que tipo de sociedade ela deverá servir."

 

Fonte

publicado por apvnpoiares às 15:20

Abril 20 2010

 

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
o que vos interesse para viver. Tudo é possível,
ainda quando lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim,
amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente â secular justiça,
para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.»
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,
a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes, por serem de uma raça, outras
por serem de urna classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente,
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadela de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de té-la.
É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez alguém
está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
multas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam «amanhã».
E. por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.

Jorge de Sena

publicado por apvnpoiares às 15:10
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Abril 20 2010

"Penso que as competências que hoje seriam mais importantes, em termos da matemática, para a vida das pessoas, dependem do tipo de aplicação que vamos fazer. Mas têm de ser competências de matemática enraizadas na resolução de problemas concretos." Rogério Roque Amaro, Economista e Professor de Economia, Debate "Os Adultos e o ensino da matemática. Trazer a matemática para o quotidiano." In Revista O Direito de Aprender.

publicado por apvnpoiares às 10:23

Abril 16 2010

A Associação de Pais e Encarregados de Educação de Vila Nova de Poiares já está presente no facebook.

Aceder.

 

publicado por apvnpoiares às 12:19
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Abril 14 2010

"A Educação Parental, conceptualizada como uma intervenção que engloba serviços disponibilizados ao nível dos sectores público e privado, a mães e pais de diversos níveis sócio-culturais e económicos, de natureza educativa e preventiva, ou como resposta a situações de crise, tem sido alvo de um interesse crescente, quer a nível internacional, quer designadamente no nosso país. As recentes mudanças ocorridas na estrutura social e familiar, têm vindo a constituir-se como factores que incentivam o desenvolvimento de iniciativas de intervenção neste domínio, em virtude dos desafios que acarretam para o desempenho das funções parentais nos dias de hoje. Também os contributos teóricos da Psicologia, concretamente nas áreas de estudo das relações precoces e dos estilos parentais, bem como da importância da família para o desenvolvimento e equilíbrio infanto-juvenil, vêm encorajar o crescente investimento nesta área de intervenção. O presente estudo teve por objectivo construir, implementar e avaliar um programa de Educação Parental, designado Ser Família. Este programa integra conceitos dos modelos teóricos reflexivo e adleriano, bem como de algumas abordagens que se enquadram no âmbito da Psicologia Positiva, especificamente nas temáticas do optimismo e estilo explicativo, inteligência emocional e bem-estar subjectivo. Construído para uma população-alvo de nível sócio-económico carenciado, foi implementado no âmbito de um trabalho de intervenção comunitária, junto de casais de mães e pais. Recorrendo a uma metodologia de pré-teste e pós-teste, com grupo experimental e grupo de controlo, e integrando abordagens avaliativas de carácter quantitativo e qualitativo, conclui-se que o programa Ser Família tem um impacto positivo junto das figuras parentais nas seguintes áreas: auto-estima; expressão de sentimentos positivos e auto-regulação de sentimentos negativos; atitudes de optimismo perante as dificuldades/adversidades e perante a vida/as pessoas. Três meses após o término da intervenção os efeitos mantiveram-se na avaliação de follow-up, particularmente na área da auto-regulação emocional, se bem que foram também evidentes algumas dificuldades de manutenção da mudança. Discutem-se as implicações deste estudo, concretamente para a intervenção em Educação Parental, para a Psicologia Escolar e para a investigação futura."

Um estudo muito interessante de Maria José Ribeiro para qualquer pai e encarregado de educação que pretenda explorar esta área do conhecimento.

Consultar aqui

publicado por apvnpoiares às 18:54

Abril 12 2010

Palestras a realizar pela Associação de Pais e Encarregados de Educação de Vila Nova de Poiares em Maio de 2010:

 

a) - 07/05/2010— 21h00-22h30 - “ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL—SOMOS AQUILO QUE COMEMOS”, Sandra Pinto, Nutricionista

 

b) - 28/05/2010— 19h00—21h00 - ”PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR”, Associação de Apoio à Vítima

 

publicado por apvnpoiares às 23:26
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Abril 08 2010

 

Através da educação os adultos decidem:

(i) se amam as suas crianças e os seus jovens

(ii) se deverão transmitir-lhes o amor pelo conhecimento produzido pela humanidade, não as expulsando, por isso, do mundo pré-existente à

sua chegada

(iii) se não lhes retiram a possibilidade de realizar ideias novas

(iv) e se as/os preparam para a tarefa da renovação de um mundo comum

Hannah Arendt, 1957

publicado por apvnpoiares às 17:43

Publicitam-se as actividades e os projectos da APais. Publicitam-se as actividades educacionais público-privadas que envolvam crianças, jovens e pais.
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